Histórico

A Laneira Brasileira S.A. teve durante meio século de funcionamento na cidade, expressiva participação tanto pela geração de empregos como pelo produto industrial que era comercializado em todo o país e no exterior. O local foi adquirido pela empresa em março de 1949 e consistia de um prédio de alvenaria para armazenamento de lã, edificado em terreno localizado na então Avenida General Daltro Filho (atual Avenida Duque de Caxias), medindo 54 metros de frente sul e 330 metros de frente a fundos. Em outubro de 1952, a empresa adquiriu o lote contíguo a leste, e no ano seguinte, o lote contíguo a oeste. Os terrenos continham casas construídas irregularmente cujos donos sofreram ação de despejo a partir de 1953. Enquanto ocorria esse processo de ampliação do local, a indústria instalou-se e passou a operar nos prédios já existentes a partir de 1950. Mas foi em setembro de 1969 que a empresa adquiriu por compra um armazém com três aberturas de frente sul, nº 116, medindo 21 metros de frente, completando a área hoje existente. Nessa época a indústria já empregava centenas de funcionários e impulsionava o crescimento do Bairro Fragata, caracterizado desde o início do século XX pela presença de indústrias, forte comércio e moradia de operários.
Até o final dos anos de 1970 a Laneira Brasileira S.A. cresceu, ampliando suas instalações. A lã produzida era vendida para vários estados do Brasil e para muitos países da América e da Europa. Esse comércio progrediu até 1981 quando a Laneira tornou-se avalista do Lanifício do Rio Grande do Sul Thomaz Albornoz S/A, cujo credor era o Banco Internacional S/A. Problemas administrativos decorrentes da quebra do Lanifício e a incapacidade financeira para investir em equipamentos industriais e acompanhar o desenvolvimento da tecnologia de produção de lã, causaram a progressiva falência da Laneira com a desativação de setores da indústria até o encerramento total das suas atividades no final dos anos 1990. As instalações de tipologia industrial foram adquiridas pela Universidade Federal de Pelotas em 2010. Os armazéns serão mantidos e nele se guardarão elementos para a constituição da memória dessa importante fábrica, ainda cercada, nas imediações, por famílias que por duas gerações ou mais, trabalharam nesse local.

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